04 dezembro 2015

Resenha: A Redoma de Vidro


Há um tempinho, resenhei aqui no blog o livro Garota, Interrompida, e comentei que gosto de livros assim, que me tocam de alguma forma. A Redoma de Vidro é um deles. Ano passado, vi a Barbara, do canal Letras de Batom, comentando sobre esse livro em um vídeo, e me interessei tanto que logo adicionei na minha lista de desejados. Depois, li Garota, Interrompida, que tem a mesma temática. Terminei de ler e fiquei mais ansioso pra ler A Redoma de Vidro, apesar de ouvir falar que era um pouco pesado. Ganhei o livro de amigo secreto (!!!!) e já comecei a ler. Terminei só esse mês hahaha e vim aqui resenhar pra vocês!



o livro é tão bonito!
Sinopse: Dois anos antes de suicidar-se em 1963, a poeta Sylvia Plath elaborou esse romance sobre uma mulher - no fundo, ela mesma - que vai perdendo o senso até que sobra só um surrealista e vazio senso comum. 

Esse livro conta a história de Esther, uma jovem que mora em Nova York, onde estuda e faz estágio em uma revista. A vida dela é meio agitada e, no começo, parece que ela faz o que sempre quis, e que isso tudo a faz feliz. Mas, com o decorrer da história, da pra perceber que, apesar dessa vida "perfeita" que ela vive, dentro dela falta alguma coisa. Parece que ela está incompleta. E, com isso, ela vai se sentindo mal e acaba sendo internada em uma clinica psiquiátrica.


Esther passa por duas clinicas (pelo o que eu lembro), acaba fugindo e indo pra casa onde morava com os pais, e tenta se suicidar. No meio de tudo isso, ela conta sobre sua vida amorosa, e como as outras mulheres que ela conhecia conseguiam gostar de alguém, e até casar, enquanto ela só "namorou" um moço que gostava dela, mas ela não sentia o mesmo. Ela também descreve como foi viver na clinica. 

Ela fala bastante sobre as mulheres também, e tudo o que passavam na época. O livro é considerado feminista por isso e, falar sobre isso na época em que foi lançado era raro.


Algumas partes do livro me lembraram Garota, Interrompida, por se tratar do mesmo assunto. Não vou falar que foi fácil de ler, porque não foi. Algumas passagens são tão profundas, com os pensamentos de Esther, que te deixam pra baixo de verdade. Você quase se sente no lugar dela, parece que tem os mesmos sentimentos. Quando eu estava lendo, na tentativa de suicídio dela eu tive que dar uma pausa. Com tudo o que ela descreve, tudo o que ela sente e que está acontecendo, me deixaram tão mal que tive que continuar a leitura no outro dia. 

É difícil de ler por ter ser sobre um assunto muito sério, mas a leitura flui bem rápido. A escrita dela é leve, e te deixa com vontade de ler tudo de uma vez (até chegar nessas partes mais pesadas). Porém , por se tratar desse tema, tem que ser lido com calma, pra poder entender tudo, e entender o lado de quem passa por isso.

Dizem que o livro é uma autobiografia da Sylvia Plath, que se suicidou depois da publicação. Ela já tinha tentado suicídio algumas vezes antes disso. Esse foi seu único romance. Ela ficou conhecida por seus poemas confessionais. 


Recomendo muito o livro, mas não leia se você está passando por um momento difícil (de verdade). Acho que temos que ler mais sobre assuntos sérios como esse. É importante saber mais sobre depressão e problemas psicológicos. São problemas reais que podem acontecer com qualquer pessoa, a qualquer momento, e temos que nos preocupar mais com isso.

Autora: Sylvia Plath
Editora: Biblioteca Azul (Editora Globo)
Páginas: 274
Classificação: 4/5

Alguém aí já leu o livro? Conta aqui o que achou! Até o próximo post!

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